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RECICLAGEM DE PLÁSTICO – A SUA EMPRESA ESTÁ A CUMPRIR AS OBRIGAÇÕES LEGAIS?

RECICLAGEM DE PLÁSTICO – A SUA EMPRESA ESTÁ A CUMPRIR AS OBRIGAÇÕES LEGAIS?

Já aderiu à febre da reciclagem de plástico? É rentável para as empresas ou uma verdadeira dor de cabeça? Descubra as respostas!

A febre da reciclagem dos resíduos, sobretudo do plástico, invadiu o quotidiano dos indivíduos e das indústrias.

Há quem diga que a preocupação com o plástico está na moda, mas ainda não está o suficiente. Senão, vejamos alguns números disponibilizados pela PlasticsEurope:

A Europa produz 58 milhões de toneladas de resíduos de plástico por ano e Portugal contribui com cerca de 370 toneladas (o que resulta numa média de 31 kg por pessoa, valor acima da média europeia) – e apenas 30% é reciclado!

A utilização dos plásticos tem a seguinte distribuição:

40%: embalagens
22.5%: bens de uso doméstico e consumo
20%: edifício e construção
9%: automóveis e camiões
6%: equipamento elétrico
3%: agricultura
E as consequências? São graves. Segundo o estudo publicado este mês pela revista científica Environmental Science and Technology, estamos a ingerir 50 mil partículas de plástico por ano (presentes no peixe, marisco, açúcar, sal, cerveja e água), e a respirar uma quantidade muito semelhante de microplásticos que pairam no ar. Os efeitos na saúde ainda não são conhecidos, mas, quando forem, não serão certamente animadores.

Como disse Frans Timmermans, “se não mudarmos a forma como produzimos e usamos os plásticos, haverá mais plásticos do que peixes nos nossos oceanos até 2050. Temos de impedir que os plásticos entrem na nossa água, na nossa comida e até os nossos corpos”.

Assim, esta febre da reciclagem peca apenas por tardia e por insuficiente.

E o que isto tem a ver com a sua empresa? Vejamos.

1. Reciclagem de Plástico – Economia Circular

Combater o plástico não é uma missão fácil, dado que colide diretamente com interesses económicos – os grandes norteadores das ações mundiais. Na verdade, a indústria do plástico, na Europa, tem um volume de negócios de 340 mil milhões de euros anuais, e emprega cerca de 1,5 milhões de pessoas.

Assim, o combate ao plástico tem que, necessariamente, ser sustentado por razões económicas de peso. Daí surge o conceito de Economia Circular, em contraposição à tradicional e ainda predominante Economia Linear. Do que se trata? O esquema seguinte ajuda a compreender as diferenças.

Em suma, o conceito de fim-de-vida, presente na Economia Linear, é substituído por um ciclo fechado de produção e consumo, onde o desperdício não existe: os bens são restaurados e reutilizados em vez de descartados, e as matérias-primas provêm da reciclagem em vez da extração.

E qual o argumento económico de peso?

Segundo as previsões da União Europeia, as empresas podem atingir uma poupança de 600 mil milhões de euros e criar cerca de 200 mil empregos no setor da triagem e reciclagem. Será também possível reduzir as emissões anuais de gases com efeito estufa em 2 a 4%.

2. Reciclagem de Plástico – Que impacto tem na minha empresa?

As indústrias têm vindo a sentir, mais do que nunca, os efeitos da Economia Linear – uma maior exposição a riscos, escassez de recursos, aumento dos preços e volatilidade dos mercados.

Por isso, tendem a adotar, preventivamente e sem necessidade de qualquer imperativo legal, estratégias para prolongar a vida dos resíduos, aproveitando assim o potencial que um mesmo produto tem em ser comercializado inúmeras vezes.

São estes os benefícios principais:

Fim dos desperdícios de matérias-primas.
Menor poluição.
Redução de custos.
Inovação e melhoria dos processos.
Bem-estar e envolvimento dos colaboradores.
Fortalecimento da imagem da empresa.
Assim, o desafio colocado às empresas é conseguir uma adaptação fluida, sem grandes inquietações e sem colocar em risco os postos de trabalho.

Por isso, no sentido de auxiliar as empresas neste importante passo, foi criado o Plano de Ação para a Economia Circular (PAEC) português, publicado em Diário da República no final de 2017. Este documento define a estratégia nacional e agrega boas práticas para alterar o atual modelo económico.

Este Plano estará em vigor até 2020, ano em que será reavaliado e ajustado para as exigências de 2025.

Há largos anos que aferimos sempre com os nossos parceiros a viabilidade de diminuir a espessura de filmes estiráveis técnicos como forma de reduzir a pegada ecológica. Deste modo, alcançamos diminuições de consumo de plástico muito significativas.

A consciência já existe: há uma mudança em curso irreversível. A questão é: fará parte dela? Partilhe nos comentários a sua opinião sobre este novo conceito!

“PRONTO PARA MUDAR A SUA RELAÇÃO COM O PLÁSTICO?”
Spot de vídeo sobre o poder sedutor do plástico descartável.
Ação da Comissão Europeia relativa à Estratégia Europeia sobre os Plásticos

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